Adiemus


Vivi para ver isso

“O som é universal, assim como a linguagem da música”, disse Karl Jenkins sobre sua peça mais famosa.

Descrever ‘Adiemus‘ como uma obra para sopranos e orquestra seria encaixotá-la em uma forma preexistente que o compositor galês provavelmente desafiaria.

Enquanto suas inspirações são gospel e música africana, e a parte de percussão fundamenta os vocais de fluxo livre com um ritmo tribal, a música usa as formas da tradição clássica europeia – como rondó e ternário.

Jenkins, que é um dos compositores vivos mais tocados do mundo, foi contratado pela Delta Airlines em 1994 para escrever uma música para seu novo anúncio de televisão.

E assim, ‘Adiemus’ nasceu.

Mais tarde naquele ano, Jenkins desenvolveu a cantiga da nova era em um trabalho coral completo.

Em 1995, foi lançado oficialmente no álbum Adiemus: Songs of Sanctuary com a solista sul-africana Miriam Stockley, cuja voz é carregada com uma fusão ilimitada de estilos e influências da world music.

A segunda cantora, Mary Carewe, harmoniza em paralelo, criando um curioso mundo sonoro de música clássica não ocidental.

O compositor galês Karl Jenkins é um dos compositores vivos mais tocados do mundo. 

Em que idioma está ‘Adiemus’?

Karl Jenkins escreve em sua nota de performance para ‘Adiemus’ que as letras são escritas em “uma linguagem inventada”.

O texto não tem significado em si, mas os vocais foram escritos como sons para imitar um instrumento musical – a ideia é que o ouvinte seja mais capaz de se concentrar nas frases vocais de fluxo livre.

“O texto foi escrito foneticamente com as palavras vistas como som instrumental, a ideia é maximizar o melisma removendo a distração, se é que se pode chamar assim, das palavras”, diz Jenkins.

Os sons vocais têm uma qualidade folclórica, e as melodias foram atribuídas à inspiração afro-tribal e de estilo celta.

Alguns sugeriram que a letra tem uma semelhança não intencional com o latim. Jenkins explicou mais tarde que inventou a palavra ‘Adiemus’ e não sabia que ela se traduz aproximadamente em latim como ‘Vamos nos aproximar’.


“Adiemus”, de Karl Jenkins, se destaca por não utilizar um idioma real em sua letra. Jenkins criou uma linguagem fonética sem significado proposital, transformando a voz humana em um instrumento puro. Isso permite que o ouvinte foque totalmente nas emoções transmitidas pela melodia, harmonia e ritmo, sem se prender a palavras compreensíveis. Dessa forma, a música desperta sensações universais, como paz, união e transcendência, independentemente da origem cultural ou idioma de quem a escuta.

A obra mistura elementos da música clássica com influências africanas e celtas, além de usar assinaturas de tempo incomuns e percussão marcante. Essa combinação cria uma atmosfera tribal e etérea ao mesmo tempo. O ritmo pulsante e as harmonias vocais, especialmente na voz de Miriam Stockley, reforçam a ideia de um ritual coletivo, como se todos fossem convidados a participar de uma celebração atemporal. O título “Adiemus”, embora lembre o latim “adeamus” (aproximemo-nos), reforça a ideia de aproximação e comunhão, mesmo sem essa intenção original do compositor. Assim, “Adiemus” se torna uma experiência sensorial e emocional, onde o significado está na vivência sonora e na conexão entre as pessoas.


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Festival Woodstock


Festival de Rock Woodstock

O Festival de Rock Woodstock, ocorrido em agosto de 1969, nos EUA, marcou uma geração de jovens ligados aos ideais do movimento hippie e ao rock’n’roll.

Woodstock foi um evento embasado pelos preceitos contraculturais que pregavam, entre outras coisas, a paz e o amor.

Nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 1969, ocorreu, na fazenda pertencente a Max Yasgur, nas imediações da cidade de Bethel, Estados Unidos, um dos maiores festivais de música da história, o Woodstock. O festival possuía um vínculo direto com a contracultura que se desenvolveu exponencialmente nos anos 1950 e 1960 e, sobretudo, com o principal eixo contracultural, o Movimento Hippie. Esse festival aconteceu em uma época em que o mundo estava no auge da bipolaridade geopolítica, isto é, na ambiência da Guerra Fria.

Contexto histórico do Woodstock e da contracultura

Para entender a importância e a magnitude do Woodstock, é necessário saber que, após a Segunda Guerra Mundial, houve um surto de desenvolvimento tecnológico voltado para a vida doméstica, sobretudo nos Estados Unidos. Era a época do “American Way of Life” (o modo de vida americano), que se tornava um modelo para todo o mundo ocidental. Essa época ficou conhecida também como a “era dos eletrodomésticos”. O fato é que, ao mesmo tempo em que havia esse otimismo social ligado ao consumo, os EUA estavam envolvidos em um dos confrontos mais dispendiosos desse período: a Guerra do Vietnã.

A contracultura nasceu como contestação dos jovens ao clima de rivalidade fomentado pela Guerra Fria. A Guerra do Vietnã tornou-se um dos principais alvos desse movimento. As formas de protestos encontradas pelos jovens desse período eram a música, sobretudo o rock’n’roll, e as drogas – principalmente as sintéticas, como o LSD e a mescalina. Por meio do som e das letras do rock e também das performances no palco, a contracultura começou a penetrar a sociedade como um todo.

Como foi o Woodstock?

O Woodstock representou o ápice dessa era contracultural. O projeto de um grande festival que reunisse os principais representantes do rock daquele período partiu de quatro jovens: John Roberts, Joel Rosenman, Artie Kornfeld e Michael Lag. A proposta era oferecer ao público interessado (a maioria esmagadora de hippies) um festival de três dias completamente voltados ao rock e às práticas contraculturais adjacentes: sexo e drogas.

Cerca de 400.000 pessoas foram ao Woodstock. A cidade não suportou a demanda por comida e outras formas de mantimentos para tamanha quantidade de pessoas e teve que recorrer à ajuda das cidades vizinhas. Os organizadores tentaram fazer um evento com as principais personalidades do rock da época, mas nem todos puderam selar o compromisso. Nomes como Jim Morrison, Led Zeppelin e Frank Zappa, apesar de cogitados, não foram ao festival. Entretanto, os três dias contaram com artistas da estirpe de Janis Joplin, Santana, Jimi HendrixJoe Cocker e The Who.

Satisfaction


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Harmonia das Esferas


Musica universalis, também chamada de música das esferas ou harmonia das esferas é um conceito filosófico antigo que considera as proporções nos movimentos dos corpos celestes, do sol, da lua e dos planetas como uma forma de música que pode ser ouvida pela alma. Essa descoberta é atribuída a Pitágoras, que viveu no século 6 a.C. na ilha grega de Samos. Lá, ele liderou uma escola de pensamento que combinava a filosofia, a música, a matemática e a geometria (quadrivium). Para Pitágoras e os seus seguidores, a geometria e a matemática tinham uma chave para a natureza de toda a vida. A música das esferas incorpora o princípio metafísico de que as relações matemáticas expressam qualidades ou “tons” de energia que se manifestam em números, ângulos visuais, formas e sons, todos conectados dentro de um padrão de proporção. A afinação para os pitagóricos foi considerada originalmente como uma expressão da harmonia do universo, e em termos musicais, ela significa ajustar um tom para estar em sintonia ou em “harmonia”.



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